ATL 2017

ATL 2017

quinta-feira, 7 de março de 2013

Direitos Humanos não se negocia, se defende!


Um densa nuvem se formou sobre Brasília no início da tarde desse dia 6 de março.  Parecia sinal de algo pesado no ar. No Congresso Nacional, na sala da Comissão de Direitos Humanos, uma disputa acirrada. A presidência da Comissão, de grande importância para a Casa (e nem tanto para a lideranças de partidos que tradicionalmente estiveram na presidência desse espaço das aspirações de amplas camadas do povo brasileiro e aguerridas minorias).

Sala apinhada de manifestantes de combativos setores e povos, que não admitiam ver a presidência cair em mãos de parlamentar publicamente defensor de teses racistas, fascista  e homofóbicas. O deputado pastor  Feliciano do PSC, era o indicado pelo partido para assumir a presidência. A urna sobre a mesa demonstrava em torno do que estava havendo disputa. Após algumas manifestações dos parlamentares, a favor da suspensão da sessão, em função de infringir  artigos do regimento interno, e outros, evangélicos, com pressa de que se consumasse o fato, o presidente da mesa,  deputado José Domingos Dutra, suspendeu a sessão.

Manifestações dentro e fora do plenário da Comissão de Direitos Humanos exigiam respeito a esse espaço do povo, rejeitando  o racismo, evitando retrocesso. Parlamentares pouco afeitos à democracia, chegaram a expressar seu desejo de que não mais houvesse a presença de representantes da sociedade organizada, que com apitos e gritos tentaram impedir a consumação do retrocesso.  Importantes manifestações como de Nilmário Miranda, primeiro presidente dessa Comissão, bem como de Ivan Valente,  Jean  e Erika Kokai, tiveram influencia decisiva na suspensão da sessão, transferindo a votação para hoje.