ATL 2017

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domingo, 28 de outubro de 2012

Para onde vamos?


O abismo está logo em frente. O pé está no acelerador. Programas de aceleração. Projetos sem limites e sem controle.  Vidas ameaçadas. Vidas esmagadas. Vidas sem vida. Para o poder econômico dominante, isso tudo não passa de um alarmismo paralisante. Avante nobre portador do estandarte da morte. Tua ganância põem em risco a vida na terra. Ou melhor, conforme L. Boff, vão-se os humanos, a vida do planeta fica.

Para Luiz Krieger, presidente da União Internacional para Conservação da Natureza, integrada por mais de cem países, afirma que se não estancarmos o consumismo, a exploração predatória, as injustiças e a destruição, fatalmente estaremos caminhando para o abismo. Ele chama atenção para o memento delicado por que passa o nosso planeta, nossa casa comum a terra.

O VIII Simpósio Filosófico e teológico das Faculdades dos Jesuítas em Belo Horizonte, foi um desses momentos que cada um de nós precisa para sentir o pulsar da vida e da esperança mundial e planetária, apesar do ritmo frenético da destruição patrocinada pelo sistema capitalista em nossa casa comum, Gaia, o planeta Terra

Que estamos fazendo com a Terra que Deus nos confiou?.
Sob esse título muita água rolou, sob as diversas perspectivas.  O Simpósio tinha como "objetivo articular a teia de questões e saberes na perspectiva do humanismo cristão que apela para a consciência e responsabilidade em relação ao Planeta Terra". Pois cresce na humanidade a percepção de que o ser humanos é filho da Terra e responsável para que ela continue habitável.

No painel sobre a perspectiva dos povos indígenas, quilombolas e povos asiáticos, ficou evidenciada a violência sistêmica que está levando povos inteiros ao extermínio, e com eles a crescente destruição da natureza e portanto das possibilidades da continuidade da vida no planeta Terra. O representante do Cimi expos a criminosa negação das terras e portanto das condições de sobrevivência dos Kaiowá Guarani, no Mato Grosso do Sul, bem como outras realidades indígenas no país e no mundo. Ao mesmo tempo chamou atenção para os importantes avanços e contribuições dos povos indígenas na efetivação de novos paradigmas civilizatórios.

O professor Zeljco, da Unicamp, disse, ao se referir ao capitalismo voraz e devastador, "Que progresso é esse? E concluiu pela urgente necessidade de unirmos forças dos poetas, lutadores, dda vida,do sagrado, para impedir um desastre ainda maior. "Os poetas não fazem bombas", concluiu.

Povo Guarani Grande Povo

Cimi 40 anos, final de outubro de 2012