ATL 2017

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domingo, 17 de junho de 2012

O grito indígena na Cúpula dos Povos





Ao intercalarem rituais e clamores, em centenas de tons,línguas e cores, os povos indígenas estão indignadamente fazendo seusdesabafos, conclamando para a união para a luta comum contra esse sistema quelhes decretou a morte e travestiu de verde a destruição. São em torno de  mil e trezentos indígenas de mais de cempovos do Brasil e das Américas, presentes na mobilização, conclamação, debate e grito nativo no espaçodo Acampamento Terra Livre, na Cúpula dos Povos.


Essa diversidade, raiz efuturo do continente, se manifesta de maneira contundente. Não agüentam mais oavanço dos projetos de morte e saque de seus territórios, sob o discurso verdeda sustentabilidade e preservação. Querem dizer isso ao mundo. Que os ensurdecidose insensíveis chefes de Estado e governantes sejam atingidos pelas flechas  de futuro, que exige imediata e radicalmudança nos rumos dos projetos de desenvolvimento e a devolução e garantia dosterritórios dos povos indígenas e o reconhecimento de sua autonomia e seusprojetos de vida.


Confiam na força da união dos povos indígenas do mundo emaliança com todos os setores da sociedade que lutam contra o devastador sistemacapitalista global, para interromperem o caminho de morte, que ameaça a vida todosos seres vivos e do próprio Planeta. Denunciaram o assassinato de dezenas delideranças indígenas e a total impunidade em que permanecem esses crimes.


Estão cansados de denunciar a violação constante dos seusdireitos. Porém não se cansam de anunciar seus projetos de Bem Viver comocontribuição e alternativa aos projetos do grande capital global, que tem aserviço de seus interesses os Estados nacionais e o sistema financeiro mundial.


Ao infernoBelo Monte


Entre as inúmeras denúncias foi ressaltado, por diversospovos e lideranças indígenas,  a situaçãoe conseqüências calamitosas do mega projeto da usina hidrelétrica de BeloMonte. Raoni e Megaron  deixaram clarosua posição e dos povos indígenas contra essa monstruosa obra que irá impactarmortalmente vários povos indígenas, populações ribeirinhas, com um rastro dedestruição.


Está sendo unânime o rechaço dos povos indígenas a todo tipode desenvolvimento baseado nessas grandes obras a serviço do grande capital econtra os direitos e vida dos povos originários deste continente.


Egon Heck


Cimi 40 anos – Rio de Janeiro 17 de junho de 2012


Povo Guarani grande povo.